O intento é plantar pra não colher,
é semear a semente,
por semear futuro...Perpetuação!
Explicitou o velho ancião,
já cansado das mazelas e calejado
no auge do seu cristalino e lúcido saber.
Eu quando cá cheguei,embrenhando por trilhas
entre as araucárias,agraciado pela pujante
fartura de especies e grãos...Saciei-me!
Hoje temos tecnologia,temos imagens de saudade,
uma floresta de arrependimento sob o asfalto,
muitos não conhecem o cheiro e o frescor do pinho.
Algo insano,fora do entendimento,
se analisarmos com frieza o que estamos fazendo,
depurados de quaisquer sentimento.
Ha que se observar com olhos de aprendiz,
o que bem diz os exemplos naturais,
mire na exuberância cíclica ao redor da selva de pedra.
Ha que se aprender com a esperteza do "chupim",
que mesmo negro de fome,não come todos os ovos
que encontra no ninho do "Tico-tico".
A ideia é preservação da especie,
não minha que to de passagem,
mas dos vindouros que hão de estar.
Por isso onde minha bengala afunda no solo,
um buraco se abre,lanço a semente que não vou comer o fruto,
pois eu tive o privilégio de saber o gosto.
Deixo minha contribuição,na condição de ver através,
daqueles que virão coletores das dadivas destas arvores,
provar do fruto,do frescor e do aroma revitalizante da araucária.
Assim fazendo garanto que "verão",
a frieza "invernal" da ganancia,"outonar" e voar como folhas secas,
no raiar de uma renascida "primavera".
Reginaldo
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