Desperta
com a luz do ultimo por do sol,
alumeia o caminho,
onde permeia sonhos,
onde desabrocha em viço e força,
o dia de amanhã.
Recebo do tempo,
a chance de viver e sentir,
os ventos vindouros,
de uma aurora recém,
eu refém das horas que passam,
e porque passam,chegam... E vão.
No vão das coisas efêmeras,
no vazio oco dos meus ecos,
nos gritos silenciosos,
no pouso atribulado.
Vem e vai qual maré e lua cheia,
qual areia na ampulheta,
qual agulha na vitrola,
que faz soar o som.
Vem como o sol do amanhecer,
com o crepúsculo do fim do dia,
como a noite tardia ,
mas aprazível e acalentadora,
noite dos amantes e boêmios,
dos bêbados e abstêmios,
de meses,anos e milênios.
Toco a luz deste farol,
arrebol dourado,
o corpo se entrega ,
no cais do porto,
fim do percurso,
ancoradouro seguro,
amarro firme as cordas do meu barco,
sento na beira do mar...
Amar no futuro.
Reginaldo