Tenho andado distante,
por onde nunca antes!
Buscante sigo sozinho,
cortando os caminhos.
Na poeira da estrada,
solitárias pegadas,
pisadas firmes,
outras quase apagadas.
Prados e campinas,
gravados na retina,
belezas de passagens,
vão gerando imagens,
imaginação e pensar.
O Dia e a noite,
são meros companheiros,
a lua e o sol,
são aqueles amigos distantes,
mais sempre presentes,
testemunhando a busca.
O Tempo escorre pelos dedos,
corre,
voa...
Marca o rosto,
surra o corpo,
de branco pinta os cabelos,
sobra no cenário ,
uma silhueta cansada.
Que agora para,
monta estalagem
no pé da colina,
perto da mina,
fonte de vida e
água pura.
Depura...
A alma acalma,
cessa a busca,
mesmo que o encontro não aconteça.
Declina a cabeça,
mergulha no lume de seu ser,
olha pra dentro,
pro avesso,
para o contrário,
vê por outro ponto.
Enfim,
encontra na prateleira do fundo,
numa embalagem discreta ,
coberta de poeira,
esquecido,
abandonado,
o seu "eu".
Acabou a busca,
tão perto o tempo todo,
precisou dar voltas ao mundo,
com olhar de superfície,
devia ter olhado...
Pro-fundo!
Reginaldo 30/11/2013