Ando por ai,
vivendo dias de silencio,
introspectivo,
reflexivo,
estarrecido e porque não dizer dolorido,
com os fatos recentes ocorridos,
ceifando Vidas prematuras,
ainda por viver,
colocando toda lógica em cheque...
Se é que tem alguma lógica!
Os olhos que costumam sorrir,
quase sempre,
agora lacrimejam,
com o pranto de pessoas que passam,
chorar e sofrer Ausências eternas .
Vitimas de um progresso,
que era a principio pra facilitar as coisas,
não encurtar vidas!
Velocidade que atrai,
estradas que matam,
vidas que acenam no retrovisor,
a Deus,
pra que Deus tenha dó,
adeus!
Quantos no afã de viver ,
desembarcaram cedo demais ,
na estação do destino?
Querendo entender,
tarde demais,
ainda menino.
Agora jaz uma saudade,
duas,
três,
sabe-se lá quantas.
Por achar que somos eternos,
ficamos cada vez mais finitos.
Quantos lá traz começam deixar o ninho,
sem ainda saber andar?
Quantos o tempo deu asas?
Sem um plano de voo.
Vezes ou outra voa-se,
pra além da vida!
Fica então o vazio,
riscado no tempo,
uma lacuna,
um eco!
Uma aquarela descolorida,
pincelada com sombras
e má sorte,
embaixo no canto...
Assinatura da morte.
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