terça-feira, 30 de abril de 2013

'SÓ HOJE"







Rosa aberta...
Solicita,
Receptiva,
Polinizadora.
Adorno original,
de colorido forte,
vermelho vivo,
agudos espinhos.

Proteção,
guardião
da beleza hipinótica,
que induz ao furto,
roubar a essência,
carência,
dependência.

Perfume que entorpece,
ilusão,
viagem,
loucura...
Depois ,sair da clausura
encarar a vida louca, 
de corpo, alma e coração...

Como a rosa aberta, 
No jardim suspenso
da minha imaginação.
Simbolismo de uma paixão
fervente como sangue quente,
que ruboriza o rosto ao ti ver passar.

Platonismo de um amor
escondido entre a flor
na timidez do meu eu.
Escreverei até o fim,
gritarei no silencio dos meus ecos,
versos de uma verdade impar.

sem reciproca,
sem resposta.
onde está você?
porque não se mostra?
pois saiba...
Ontem não tenho mais,
amanha ainda não tenho...
Hoje é tudo que tenho pra te dar!


Reginaldo

segunda-feira, 29 de abril de 2013

"GRATIDÃO"





Oh Deus...
De infinita bondade e sabedoria,
que me permitiu o dom da vida,
colocou ar em meus pulmões,
me fez andar sobre as sombras.



Me conduziu nos momentos de trevas,
me tocou nos momentos de deslumbre,
me indicou o caminho certo
e floriu as margens com cores e vidas diversas.



Que nas esquinas desta caminhada,
me fez encontrar a mulher amada,
o pilar do meu existir,
meu porto seguro.



Que me fortalece nas quedas,
me poe de pé,
me faz seguir adiante,sempre...
Pois sois fonte de água viva,
que mata sede,
que fortalece a alma e alivia o espirito.



Que me fez contemporâneo de pessoas
que sabem viver,amar ,sorrir...
Brindar e dar graças a ti.



Que quebrou o gelo do meu crer,
abriu meu coração com sua presença viva,
me fez perceber...
Pensar,Refletir...
E na minha insignificância, 
te agradecer.



Reginaldo

sábado, 27 de abril de 2013

"SONHO DE MENINA"






simbiose
desejo de ser o imaginado
ainda que pequeno
mais desejado



no claustro
da inocência
da ingenuidade quase infantil
o sonho da Cinderela

mulher feita
montada em forma e curvas
deixando no pretérito as bonecas .

ser a princesa deste conto
sem aumentar um ponto
evoluir,crescer,transformar-se...
Encanto.



Reginaldo

"MEDO DAS SOMBRAS"


TRISTE ESCURECER,
A NOITE VELANDO AS SOMBRAS. 
POSSO CONTAR AS LAGRIMAS,
QUANDO ROMPE O AMANHECER.


FEZ -SE O DIA...
ENSOLARADO E CLARO.
SIGO A SINA DA ROTINA
PELO CÉU QUE DESCORTINA.

A TARDE CHEGA...
TRANQUILA E SORRATEIRA.
TOMANDO MEU DIA DE AÇOITE
ANUNCIA AOS QUATRO VENTOS
LOGO,LOGO É NOITE.

INEVITÁVEL...
CAI SERENA,ORVALHANTE,
CHORO MEDO NO ESCURO,
SAUDOSO DA  LUZ DE ANTES.

MAS...
ESSA NOITE É DIFERENTE,
NÃO É SÓ UMA NOITE NUA
MAQUIADA DE ESCURIDÃO,
PORQUE BRILHA CHEIA NO CÉU A LUA.

Reginaldo

sexta-feira, 26 de abril de 2013

"MENINA DOS OLHOS"


Em meio a isso tudo,
surge meio que do nada,
uma magia meio mito,
meio menina,meio fada.

Em um meio rosto,
um meio olhar inteiro,
meio buscante,cativante.
meio muito sorrateiro.

Em meio ao descolorido viver,
esse brilho meio ilumina,
meio que fascina,hipnotiza,
o meio olhar desta menina.

Meio em que me entrego aos poucos,
ao meio encanto que alucina.
Te juro meio de joelho
vou roubar-te dos olhos a menina.


Reginaldo

quarta-feira, 24 de abril de 2013

"SOMBRA TORTA"




Eu menino,
corro todos os riscos
na areia desta tormenta.

Mar revolto,
da inocente aparência,
armadilha,calabouço.

Meu anjo da guarda,de guarda,
guarda-me desta sombra torta
a espreitar.

Minha sina,má sorte,
a constante e inevitável
companhia da morte. 

Reginaldo

terça-feira, 23 de abril de 2013

"NO PALCO"




Ultimo ato,
te falo,
é fato...

Depois só 
o eco oco
do meus passos .

Caminhante das sombras,
viajante do tempo,
eu e meu silencio.

No teatro do meu sonho,
nunca foi ator principal,
coadjuvante de uma existência.

fecham se as cortinas,
o show acabou...
Este foi o ultimo ato.

A cena é forte,não tem fala.
apenas um estampido seco.
E o aplauso da morte.

Reginaldo

segunda-feira, 22 de abril de 2013

"INSANO"




Quis matar as palavras,
estas que me desnudam.

Estas que no meu silencio,
escancaram a alma.

Quis não escrever,
nem dizer,fui patético!

Insano ,desejei cometer
suicídio poético.

Reginaldo

"UM GOLPE DO SENTIR"





As borboletas do meu jardim,
hoje não são multicores,
talvez por fofoca da natureza
que lhe contou meus temores.

Observo seu voar,
entre capitães e margaridas,
elas preferem pousar
nas rosas vermelho vida.

Reflexo do meu penar,
coração fervente e pulsante,
isso quer dizer algo,
que saberei em instante.

Ali por entre os canteiros
motivo do meu sofrer,
aquela com quem sonho
a dama do meu querer.

Exalam-se perfumes,
encantados e encantadores,
onde viaja meu pensamento
por entre as flores.

Cessa meu sorriso,
cansado de enganação,
a dama que vira antes 
fora só imaginação.

Outro golpe da natureza
dilacerando esse pobre ser ,
multicolorimos externo,
escondido padecer.

Olhar fixo no alem jardim,
poder ser que eu não esteja aqui,
vou deixar essa procura,
alguém procurar por mim.

cravo branco,
encravado no solo negro
deste jardim suspenso,
perdido entre as margaridas,
eu serei um dia.

Adorno de um buquê
que ela vai carregar!                                                                              


                                            Reginaldo

sábado, 20 de abril de 2013

"INCORRIGÍVEL"




Andei por amores desertos
de cactos e espinhos
achando na loucura 
certo alivio.



Doei-me demais,
esperei demais,
Recebi de menos...
Doeu...

Ferida aberta 
caminho longo
estrada estreita
passagem escura.

Sangrei, 
Chorei,
Sofri...

Jurei jamais amar,
Odiei jurar...
Coração apronta,
aponta ,insinua.
Nova tentativa
e a alma nua.

Refeito, aberto,
perfeito...
Inveterado, incorrigível,
amante desvairado esse meu peito.

Reginaldo

quinta-feira, 18 de abril de 2013

"ESPELHO DA ALMA!"


             

Hoje estou opaco,
o espelho não me reflete,
brilho só da lua
escondida no lago.

Pra que o espelho?

O entorno sou eu,
nas pedras,
nos cascalhos,
na água.

A lua e as estrelas
desnudam sua luz,
revelam seus lumes
sem nada de  abstrato.

Alma na escuridão,
remete a reflexão
Eu comigo mesmo.
encontro  a solidão.


                                      Reginaldo

terça-feira, 16 de abril de 2013



"a noite e eu"

sozinho com meu eu,
apaguei a lâmpada,
soprei a vela,
a lua se escondeu.

só pra escuridão
mostrar no céu
a luz da constelação.

aglomerado de pirilampos
com piscadelas multicor,
adornos celestiais,
campos de semeador.

tem Ursa,
escorpião,
touros,
seres de mitologia...
a noite é pura poesia.

vagam meus olhos
na imensidão...
procurando vê-la,
quem sabe te encontro
em meio as estrelas.



                        Reginaldo


domingo, 14 de abril de 2013

"DE ASSALTO"








Nestas horas fatais,

onde falar não resolve mais,

revolve o silencio.

Estampido oco

impacto no peito aberto,

Cai um corpo no cais.

Foi um naco de amor,

tiro de misericórdia

um despedir sem dor.

Agora sois mar

saudade, água ,sal...

Ninguém mais lhe fará mal.





                                                            Reginaldo

sábado, 13 de abril de 2013



"Canto da chuva fina"

Ouvindo a canção da chuva,
leve ,suave,
deslizante no telhado ingrime...
Rota de colisão .

Musica ritmada,
qual batida de coração,
no compasso do tempo...
Alma evolução.

Essa água que desse,
irriga meu delírio,
lagrima do céu,
a banhar o martírio.

Coral de uma nota só
suave harmonia,
integração mutua,
perfeita sintonia.

Sou platéia, ouvinte impávido,
vivente,carente e avido,
da canção da chuva fina.
Ouço,osso,ócio...
Esse equinócio...
Obra prima.

Reginaldo

sexta-feira, 12 de abril de 2013


"EPITÁFIO"                                    



Aqui jaz...
alguém que passou dessa vida.

Tranquilo e sereno,
comprando e vendendo,
ganhando e perdendo.

Não viveu pra si,
fazia pensar,refletir...
Que sentido teria...
Partir.

ele não foi... aceito,
vendido,comprado,
rejeitado, inocente... 
Culpado.

Foi ceifado em noite fria.
Perdeu a cabeça,seus pensamentos,
Sua vida ...
Sua euforia.

Juntou  nada do tudo que tinha,
partiu sem semear seu jardim.
Descansa ,agora lá fora,
plantado no relento eterno...
Sem fim.

Se faz lembrar no epitáfio;
"nasci,vivi,morri e agora...?"
  
Estou aqui ,ali,lá,
em todo canto.
Agora sou brisa leve,
fumaça,serração...
Sou areia,poeira,terra... 
agora sou...
Chão.


                          Reginaldo

quinta-feira, 11 de abril de 2013



não sou assim,
num quero cercar,
nem arranhar,
nem prender,
nem segurar...

nas farpas do caminho
quero bailar sozinho
livre de qualquer jeito.

desejo insano 
sonho de liberdade
soltar as mãos
quebrar essa prisão.

que raio
que não me acha
que não me racha
que não me tira daqui.

vivendo no arame,
me queira sem farpas,
se equilibre,
não se arranhe...
onde dorme tranquilo
os colibris.


                                                  Reginaldo


"Pura-fica-são"

deixe voar sua alma,
essa leve de aura clara,
flutuar na ventania
como uma toalha alva.

dê asas a imaginação,
viaje nas ondas do vento,
ouça sua silenciosa e
melodiosa canção.

sem peso nem pressa,
sem amarras nem pega,
solta na imensidão 
com o vento que não cessa.

branca sem mácula,
decantada e purificada
para ganhar asas,
alienada a qualquer mágoa.

vai tua essência...
teu seu ,teu eu,
depois do purgatório
de suas indecências,

agora...
tudo limpo.tudo apagado.
tu não sois mais...
que um papel branco,
solto la fora. 

Reginaldo

quarta-feira, 10 de abril de 2013

"MULHER"

                      "


Esse fogo que arde
 no ápice do cio,
sedento ,
lamenta pelo que não houve.

Fragmentos do  amor.

Mesa  posta
agora desmontada,
não houve banquete,
ninguém comeu!

Rito de passagem.

Semente não fecunda,
agora chora ao tempo
pelo gozo que não veio.


Escorre das entranhas,
 cascata de espera
não concebida.

Ciclo louco 
em vermelho escarlate,
vivo.

Segue agora a sina
não mais serás menina,
sangraras por ser mulher!


Pois só tu tens o poder,

de ser amor,de dar amor,
fazer nascer da dor...


És a mais sublime das obras

a mais inquietante,
a melhor...
Sois
Mulher! 


                                                                                                                      Reginaldo

MEDOS E ENCANTOS

    Tenho medo daquilo que conheço, dos buracos por onde andei, dos passos e rastros deixados nos medos que descartei. Que o mundo me ...