Pular para o conteúdo principal

"ROTINA"








E TARDE...
CANSADO DA LIDA DO DIA,
REPOUSO O CORPO,A MENTE VIAJA,
AS PALAVRAS SALTAM DOS DEDOS,
COMO QUE SE QUISESSEM FALAR.

UMA PAGINA EM BRANCO NO BLOQUINHO,
CONVIDA A RABISCAR PEDAÇOS DO DIA,
DAS FRUSTRAÇÕES E ALEGRIAS,
DAS HISTÓRIAS QUE NINGUÉM CONTOU.

O PISO DA SALA,
AGRADECE AO CARINHO DESNUDO,
DOS PÉS ,
QUE SUAVEMENTE SENTE O FRIO DA TERRA,
FRESCOR QUE INVADE A ALMA,
O ESPIRITO ACALMA.

UM CORPO NU,
PERAMBULA PELA CASA,
TODOS DORMEM O SONO DOS ANJOS,
AINDA VOU DE GLADIANDO COM MEUS DEMÔNIOS,
BUSCAR NA MADRUGADA,
O PORTAL DOS MEUS SONHOS.

BAIXA A ADRENALINA,
JÁ ESTOU ENTRE OS MEUS,
O DIA QUE SE FEZ,FOI COMO VEIO,
SILENCIOSO, 
DEU CAMINHO PRA NOITE,
QUE SE ACONCHEGA BRAVIA,CHUVOSA,
MAIS AINDA SIM MISTERIOSA.

EM VÃO,VAI SE ENCORPANDO,
ESCURIDÃO ACENTUA,
A LUZ QUE CLAREIA,
VEM DO FAROL DA IMAGINAÇÃO,
DA ROTINA IMUTÁVEL,
QUE MINHA VIDA PERMEIA.

ENCERRO ASSIM MAIS UMA ETAPA,
NA GARRA E NO TAPA,
LUTEI BRAVAMENTE A BATALHA INGLÓRIA,
LUTA,LIDA,LIRA EM VERSO E REVERSO,
NA MARRA VOU ESCREVENDO
NA AREIA DO TEMPO MINHA HISTÓRIA.



Reginaldo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Enfim...

      Dedico a vós o meu silêncio A inquietude abismada Dos meus versos Esses voos ora preteridos Deixo assim subentendido Em pousos dantes...Arremetidos.   Vasto é a amplidão Desse universo mudo Eximido de eco Ou retorno Onde o exilio É silente contuso.   Corto os punhos, Dramático, patético Suicídio poético Antes, porém, rascunho A sangue quente A dor corrente Na rubra tarde que cai Aos pés da noite eterna.   Não tenho asas, Nem pernas Nem plumas Ou penas Que sentenciam o fim No crepúsculo.   Há um último impulso Antes da queda Um último plano Ante o medo da escuridão. Respira afoito Um derradeiro pulso...   Não há mais nada Nunca houve,   Nunca esteve. Nunca foi... Não há mais tempo! Poema escrito Sobre areia fina, Só quem lê É o vento.   José Regi    

  Fé é uma planta frágil Regadas a gotículas De esperança. É acreditar no impossível, No imponderável, andar na contramão da lógica Da realidade e crer no invisível, na onisciência, No divinal.   Ter fé é cultivar a ingenuidade De uma criança, A fragilidade de uma mariposa no Entorno da luz. É entender possível Quando tudo Se mostra ao contrário.   Ter fé É pegar no rosário e pedir Como quem esfrega Uma lâmpada mágica. É não aceitar. É a negação de si Nas entrelinhas da sua Própria incapacidade.   É acreditar numa utopia Na poesia do inédito No remédio amargo No apelo ao vento Ter fé é orar em silêncio Durante um temporal... Ansiar desvios, Piquetes e atalhos Na estrada da vida.   É a dureza do chão A escassez do pão É o calo das mãos Ter fé é não ter explicação É se nortear pelo íntimo Se entregar a uma filosofia É sacrifício de vida Alienação, Aliança E Abnegação ...

Menino do olho azul

Jaz infanta estripulia. Ainda cedo corria pra rua o menino, Não sabia nada de limites E o mundo lhe era um convite a campear. Explorar além do horizonte Da janela da sala Da cercania entorno Da margem da velha estrada. Olhos azuis de céu Asas nos pés Era quase um semideus Com todos os seus “eus’ Ainda incubado De voos e sonhos. Cismas várias Não eximia os anseios, Havia de ser grande Já previa a cigana Que vendia engodos em troca de migalhas Na esquina da rua do centro. Desbravador solitário Num relicário de teimosia Esculpido a força No tempo. Jaz infanta estripulia Na sucursal de ontem Das gerais do sul... Hoje homem feito adulto Inventa versos como indulto Para proteger aquele menino do olho azul. José Regi