Tece o destino outra teia,
linha reta,outra armadilha
mais um corredor polonês,
sem curvas e redondilhas.
Junto uma mochila vazia,
completo com o resto de mim,
atravesso a calçada descalço
talho por entre o jardim.
Abraço a paineira da praça,
ela parece se despedir,
suas folhas tremulam no vento
parece querer fugir.
Sigo por entre as ruas mudas,
um silencio denuncia-dor
janelas fechadas,
ruídos,sussurros,clamor.
Embrenho viagem
solto ao sabor do tempo,
andando em frente sempre
sob temerosos passos lentos.
Busco o que não sei,
insatisfeito que sou,
fragmentados desejos
asas e solitários voos.
Jogo-me no abismo,
vazio,acumulando sonhos
decantando pesadelos,
enfrentando demônios.
Vago no caos do silencio,
onde a minha paz escondeu,
fujo pra dentro desta inquietude,
na ânsia de encontrar...Eu.
Reginaldo
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