Atravesso assim atrevido
ávido este deserto,
as vezes me sinto assim,
árido,inóspito e seco.
Porem não gosto assim,
gosto do cheiro da relva,
queria mesmo é ser mata viva,
com sons,cores e afins.
Mas tento disfarçar com emoção,
para irrigar este chão morto
busco água na alma,
na fonte da imaginação.
Retiro do céu o azul,
despejo no amarelo da areia,
aquarelo o deserto que sou,
assim o chão esverdeia.
Pronto agora sou mata,
tem cheiro de terra,flores e asas,
floriu meu deserto,
ouço até longe as cascatas.
Sigo a corrente ligeira,
no caminho vazio dos dias,
semeando sempre nas margens
me fazendo brotar todo dia.
Porque viver é um tentador desafio!
Reginaldo
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