Um corpo dança ao som do relógio
Fitando o sol que não tarda a nascer
Presságio de luz no alto do pódio
Gaiolas abertas ao amanhecer
Aqui no lado de dentro do silêncio
Paredes brancas maculam-me a paz
Equilibro-me no arame fardado pênsil
No aguardo da brisa breve, mansa e fugaz
Um canto lírico ecoa no instante agora
A vida bate asas pela janela dos olhos
Pássaro de migragem se indo embora
Entre flores noturnas de época e afolhos
Apenas o canto livre das asas se ouve
No longe quase distante de tudo daqui
Encarcerado atrás dos caixilhos, ouse
Versar sobre avesso da fuga enfim...
Voos findos em oníricos oásis
Vida e morte, uma quase miragem
Entre o horizonte e a verticalidade
É o sono eterno ou seguir a viagem.
José Regi
Nenhum comentário:
Postar um comentário