sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

"SEM TEMPO"



Ante ao desespero do iminente fim,
quando as palavras se fundem em sussurros,
rabiscos tortos descoordenados,
pelas mãos tremulas de frio.

O silencio inevitável habita os olhos,
quase deserto de brilho.
A boca murmura,um amargo adeus!

Os odores do viço das manhas orvalhadas,
que desmanta o jardim além da janela,
as narinas não sentem!

Foi-se os sentidos vitais,
silencia os choros,os lamentos,os murmúrios,
ouvi-se ao fundo um suave bater de asas,
quase mudo.

Ficam os sorrisos dados,
os beijos doados a revelia,
a sutileza do olhar
as doces lembranças,
os pensamentos ocultos
desvelado em poesia.

Fica a saudade,
e a falsa impressão de eternidade,
até que feche as cortinas!

Reginaldo

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