quinta-feira, 5 de junho de 2014

"VIDA DE GADO"


Hoje o rebanho está arredio,
talvez pressentindo no ar,
o dês-humano cheiro do fim.

Daqui pra dentro,
impera o improvável,
no constante choque de subserviência.

Morde-lhe o calcanhar
o labrador fiel,
o capitão do mato,o feitor.

O estalo do chicote,
camufla o baixo olhar,
a dor intrínseca,do sofrer escancarado.

Você não entendeu meu sorriso,
estas vias sacras violadas,
é por onde entra o alivio.

A falsa satisfação de viver
cada dia a própria sorte, o imponderável,
desvencilhar-se da morte.


Reginaldo

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