As madrugadas são dias,
quando os dias são curtos,
o silencio destas horas
sussurram me confidencias.
Ávido ouvinte destas falas escuras,
que buscam luz em meu papel,
trazem consigo as estrelas,a lua,
o manto negro do céu.
Como o sono não vem junto,
chega junto a poesia,
juntando no bloquinho
os cacos daquele dia.
Assim nasce os rebentos,
no silencio da escuridão,
vem sem choro,nem sofrido,
só a dor da inspiração.
Mas ai com o dia claro,
posso ver a cor dos olhos,
a textura da pele,
admirar suas linhas.
Toda poesia é um parto em silencio,
fecundada na alma e no coração,
alimentada pela utopia do poeta,
que lhe traz ao mundo pelas mãos.
Reginaldo
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