quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

"O VOO DA SEMENTE"



Nasceste da grandeza,
da exuberância em profusão,
no estouro da semente,
arauto de nova estação.


Para não crescer na sombra,
no sopé da genitora,
recebe da natureza vibrissas,
que lhes tornam voadoras.

Com suavidade e leveza,
antes de tocar o chão,
salta no vento,
um grito solto de libertação.

Vais pra longe dos seus,
germinar longe dali,
um lugar a céu aberto
pra que possa existir.

Pra dar sombra e frescor a água,
pode ser perto da mina,
onde iguais matam a sede,
onde a tundra germina.

Assim encerra o voo
lançando-se no solo escuro,
espero pelo por vir,
quando começa o futuro.

No viço verde dos campos,
que na primavera se vê,
a natureza revela-nos,
o ciclo do pé de "Ipê".

Reginaldo

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