quarta-feira, 3 de junho de 2015

"LAMENTAÇÕES"


Meus olhos de ver estrelas
olham pra dentro da alma,
molham as mãos que imploram
o mar em calmaria.

Meu coração atribulado,
balança qual barco a deriva,
quebra em si ondas gigantes,
de um amor que não livra.

Preso no abismo das palavras,
ouvindo o ecos do silêncio,
concha na areia nos meus desertos,
saudade do som dos ventos.

Brisa mansa assobia
segredos inefáveis,
lonjuras,fagulhas de uma chama,
que o vento não apagou a tempo.

Sou eu uma ilha deserta,
naufrago de um pensamento,
que solto no vento voou,
virou utopia e não acontecimento.

Agora saudoso som de oceano,
numa concha deserta na areia,
pois o que não se vive,
se chora e permeia!

Reginaldo

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