Meus olhos de ver estrelas
olham pra dentro da alma,
molham as mãos que imploram
o mar em calmaria.
Meu coração atribulado,
balança qual barco a deriva,
quebra em si ondas gigantes,
de um amor que não livra.
Preso no abismo das palavras,
ouvindo o ecos do silêncio,
concha na areia nos meus desertos,
saudade do som dos ventos.
Brisa mansa assobia
segredos inefáveis,
lonjuras,fagulhas de uma chama,
que o vento não apagou a tempo.
Sou eu uma ilha deserta,
naufrago de um pensamento,
que solto no vento voou,
virou utopia e não acontecimento.
Agora saudoso som de oceano,
numa concha deserta na areia,
pois o que não se vive,
se chora e permeia!
Reginaldo
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