A lua sem brilho,
esconde-se nos olhos da menina,
menina da noite,revelando-se mulher.
As ruas nuas,
reflete o frescor da pele,
incide sobre aquele corpo,
a profanação do templo.
Vende delírios,
comprados em sonhos,
vive o inferno,
a menina com seus demônios.
Tudo é violação,
mutilação e dor,
os gemidos noturnos surdino,
é fingimento de amor.
Ainda sonha com bonecas,
e contos de fadas,
nas alcovas onde brinca
longe de casa.
Desejos de sair dali,
nutri um grito de liberdade,
se a vida não lhe alforriar,
a morte tem prioridade.
Já está a noite findando,
as feras saciadas dormem,
segui tua sina a pequena,
veste a mascara e some.
Perdida entre as tormentas,
oculta-se em calmarias,
mulher menina roubada,
que ao dia claro revela...Maria!
Reginaldo
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