Quis o fundo do Mar,
A sua solidão,
O seu deserto...
De certo,queria Amar!
Quis me jogar ao Mar,
Deixar descer,
Submergir o corpo...
De certo,queria almar!
...depois,quis ser nuvem,
nevoa brumada,
leve sem peso,suave...
De certo,queria o Céu!
Pássaro sem asas...
Ai veio o vento
e varreu meu delírio,
levou-me ao colo do chão,
desperto,lúcido,vivo!
me fez entender,
desejos,anseios,utopias,
são quereres vãos,
ante o implacável destino!
Recolho-me ao corpo,
coloco a mascara,
assumo-me homem,
embora menino!
Meu anjo da guarda,
desiste de mim,
retira as asas em repúdio...
Mergulha pro fim!
Reginaldo
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