sábado, 5 de outubro de 2013

"ANONIMO"


Quanto mais os dias passam,
menos dias tem.
Quanto mais  caminha,
menos tem pra caminhar.

Assim vai se esvaindo,
areia na ampulheta,
o tempo contado,
a grãos de vento,
soltos no espaço, 
aberto no seu peito.

Esse coração que bate,
terá seu xeque-mate,
tudo será memória,
história,passado.

Pretérito mais que perfeito,
de um tempo que não conjuga,
julga e condena.

Fecha cortina,
saí de cena e acena com adeus,
sem tempo pra agradecer.

Acabou o espetáculo,
o teatro,
foi o ultimo ato.

Partiu como veio,
sem alarde,
sem ser gente...
Anonimo!
Indigente José!




(Reginaldo)




Um comentário:

  1. Menino Reginaldo, como se agigantam seus poemas, como florescem seus versos! Admiração e encanto!
    Beijos,

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