quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

"FAMIGERADO"


A Fome deste que se chama amor,
insaciável devorador
de corpo ,de alma e coisas,
um dia me degustou.
Numa cama,sobre a mesa,
sem cadeira e cobertor,
corpo nu a seu dispor.
Banquete indelével,
que sabores a língua provou,
a boca que mastiga
dos olhos o amargor.
Ah ,o Amor,
este inefável sentir,
que é ,ou vira ser por vir.
Não deixa marca,nem rastros,
feridas abertas no dorso,
o coração vagabundo
acaba amando de novo.
E assim sou banquete,
na vida,por amar sem medida,
por ser presa fácil,
sem defesa e guarida.
Tenho o gosto sabor de atração,
meus rumos na sina a sorte,
não me importo de ser consumido
o amor não tem medo da morte!
O amor é por si só faminto,
da beleza dos versos,do corpo,
das curvas sem desvios,da flor,
da noite e do dia sempre igual...
E´loucura sagrada,
sacrifício profano
é chegada e partida...
Atemporal!

Reginaldo

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