abro a janela,
meus olhos voam
pra fora.
Pousa no pessegueiro florido,
onde atrevido o sabiá boêmio
ainda não percebeu que amanheceu,
e canta ainda com voz embargada,
tentando disfarçar a solidão.
Ao seu lado um tico-tico,
companheiro de farra,
ouve em silencio o desabafar do amigo,
não diz um pio se quer,
só espia!
Mais ao lado,um sanhaço,
destaca-se entre o rosa
das flores do pessegueiro,
com seu azul cinza prata...Lindo.
Canta feliz ao lado da amada,
repartindo com ela o café da manha,
umas bananas no cacho,
e um resto de maçã.
Meus olhos ainda procuram,
dentre aquele alarido,
outros sons que se ouve,
daquele vergel colorido.
Um coral de vozes uníssonas,
como maestro o dia,
que rompe com a escuridão
despertando esta alegria.
Todos longe do ninho,
bem ali no meu quintal,
não resisto coloco a cara pra fora,
GRITO pra todos bom dia...
E todos então vão embora,
Deixando só poesia!
Reginaldo
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