sexta-feira, 11 de abril de 2014

"CORPO EM CHAMAS"


Foi dormir bem cedo,
percebeu sobre teus olhos,
um vento doce,
este lhe soprou conjecturas,
indecências,profanou teus sonhos
em mais um sono atormentado.

Um beijo suave como uma prece,
teceu o desejo, ensejo de entrega,
como fugir não cabia,não sabia,
relaxou e despejou afagos.

Era meio vento,
brisa mansa encandecida,
um acúmulo de carências, 
segredos ocultos,
lava endurecida.

Mas ainda decifrava enigmas,
explorou aquele corpo faminto,
aventurou em tuas vias,
adentrou viagens e rotas,
tateando minuciosamente
cada canto.

Descobriu ,desnudou,
o olhar entregou o oásis,
um poço de delícias,
de prazer e encantamento,
indefesa subitamente
se entregou a volúpia.

Na penumbra sombria do quarto,
o mistério a meia luz,
Explodiu no ápice da cumplicidade,
o Amor aconteceu,
num raro momento de eternidade.

Depois desta aventura,
dos ventos e das erupções
deste sonho capcioso,
mudo e sem alarde,
não lhe restou mais nada,
foi dormir mais tarde. 



Reginaldo

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