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=SUBLIMAÇÃO"


....quando eu me for,
tirem do meu pulso o relógio,
o tempo marcado acabou...
Já não o tenho mais!
....tirem também minha aliança,
e todos os adornos que houver,
levarei somente o Amor...
Pra onde for!
...Chorem as lagrimas
que desertou em minha fonte,
que seja vertente alegria...
Estas eu choraria!
...Que a saudade seja o elo
do meu pôr do Sol,
sereno e Belo...
Meu fim de tarde!
...Quando enfim a vida
deixar ruir o castelo
sobre o abismo da dissipação...
Serei ruínas sob o rochedo!
...Meu passos serão asas
na mare baixa,pois que a vida
liquida evaporou...
Em densa nevoa!
...O inerte corpo incólume,
sumirá no mar dos olhos de quem ficar,
saudoso do voo que farei...
Sobre o espelho D'Água!
...Desnudo de tudo que juntei,
somente munido da leveza
dos versos que deixei...
Escritos na areia da ampulheta!
Credito da imagem: Branimir Jaredic

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Enfim...

      Dedico a vós o meu silêncio A inquietude abismada Dos meus versos Esses voos ora preteridos Deixo assim subentendido Em pousos dantes...Arremetidos.   Vasto é a amplidão Desse universo mudo Eximido de eco Ou retorno Onde o exilio É silente contuso.   Corto os punhos, Dramático, patético Suicídio poético Antes, porém, rascunho A sangue quente A dor corrente Na rubra tarde que cai Aos pés da noite eterna.   Não tenho asas, Nem pernas Nem plumas Ou penas Que sentenciam o fim No crepúsculo.   Há um último impulso Antes da queda Um último plano Ante o medo da escuridão. Respira afoito Um derradeiro pulso...   Não há mais nada Nunca houve,   Nunca esteve. Nunca foi... Não há mais tempo! Poema escrito Sobre areia fina, Só quem lê É o vento.   José Regi    

  Fé é uma planta frágil Regadas a gotículas De esperança. É acreditar no impossível, No imponderável, andar na contramão da lógica Da realidade e crer no invisível, na onisciência, No divinal.   Ter fé é cultivar a ingenuidade De uma criança, A fragilidade de uma mariposa no Entorno da luz. É entender possível Quando tudo Se mostra ao contrário.   Ter fé É pegar no rosário e pedir Como quem esfrega Uma lâmpada mágica. É não aceitar. É a negação de si Nas entrelinhas da sua Própria incapacidade.   É acreditar numa utopia Na poesia do inédito No remédio amargo No apelo ao vento Ter fé é orar em silêncio Durante um temporal... Ansiar desvios, Piquetes e atalhos Na estrada da vida.   É a dureza do chão A escassez do pão É o calo das mãos Ter fé é não ter explicação É se nortear pelo íntimo Se entregar a uma filosofia É sacrifício de vida Alienação, Aliança E Abnegação ...

Menino do olho azul

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