Não era o fim,
não que ele soubera que fosse,
mas veio assim,assim
sem alarde,num fim de tarde
com o suicídio do sol...
Era fim do dia,do trabalho,
da correria,só isso!
Mas não bastava ser,
então,ele fez acontecer
o que não esperava,
sorrateiro,dissimulado,
margeava tuas inquietudes...
Espreita-lhe!
Levou a luz,jogou o Sol no Mar,
puxou um aveludado manto negro
sobre teus olhos,lhe impôs a noite,
fria,sem estrelas,sem Lua...
Despiu tua alma,já nua!
O tempo sádico,desrespeitoso,
moleque,autoritário,ditador...
Fez dele mero expectador,
intimo da dor e da partida,
na sobriedade de um ébrio,
empurrando goela abaixo
teus mistérios!
Toda eternidade sonhada,
esvaiu-se como fumaça,
antes do amanhecer...
Porque tudo,
surpreendentemente passa!
A vida?
Ah esta é como vidraça,
sujeita as pedradas
de um inconsequente destino...
Onde sonda com medo o Menino!
Jose Regí Poesia
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