terça-feira, 8 de setembro de 2015

=PASSARINHANDO=





Vou acreditar no que espalha o vento,
neste engodo da vida que vai me levando,
a beira do precipício...

Finjo-me de morto,
embora vivo...

Pensa o destino em me passar a perna,
fechar os meus olhos,
calar minha voz,
impor o silêncio...

Tolo este senhor tempo!
Na hora do tombo,
invento asas,
das cinzas me reinvento.

Se me deres o abismo,
vais ficar com cara de bobo,
sou amigo do vento,
estou longe do pouso...

Ainda não terminei o meu Voo!

Jose Regi

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