...é inverno em meus jardins,
escondendo a beleza do sol,
é noite em meus confins
fazendo sombra sobre meus canteiros!
Mas ha vida nos vales,
no silêncio imutável das madrugadas,
sobre o tapete negro,
aveluda-se um amarelo ocre.
A Lua não se conteve,
aos encantos da sombra
e veio desvelar seus ocultos,
fez silhuetas entre as calêndulas.
No vergel orvalhado desprendem-se
diamantes líquidos das folhas,
o sereno rega o chão,
sessando a sedenta secura.
A lua invade os recônditos,
alumeia as pedras do caminho,
aponta a rota dos sonhos,
mostra onde estão os espinhos.
Não tem como se ferir,
com tanta luz que desaba,
o perfume e o lume...
minhalma escancara!
Ha ainda um uivo brisante,
um vento quente que impera,
As flores que vejo agora
são sinais de primavera...
Impondo fim de inverno em meus jardins,
a lua cheia deixou a porta entre-aberta,
sem arrependimento,
a estação de agora...É renascimento!
Jose Regi Poesia
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