sábado, 15 de agosto de 2015

"SOBRE AS IDAS E VINDAS DA MARÉ"




Era barco a deriva,
inóspita ilha,
desassossegado de alma,
um porto solidão onde o mar
não subira no cais.

Era um naco de terra fria,
gélido lago,
era cisma de morte,
sem rumo,nem rota...
Um ponto sem norte!

Depois de você...

Meus braços jamais acolheram tanto calor,
mas quando o frio se dispôs a sair,
na lacuna do abraço,teu corpo
encontrou dois vazios perfeitos.

Então,
foi refeito o contato intimo,vital,
o imperativo silêncio quebrou-se
com o ecoar de um suspiro
longo e satisfeito.

Era a volta!

Era só isso teu grito de mundo,
o acalanto profundo,
aconchegado aperto
num mapa da felicidade,
chão batido dentro do peito.

Abriu-se uma vereda verde,
dando cor a uma esperança,
vicejando um recomeçar...
Orvalhado de lagrima pretérita,
ansiando o futuro de presente.

Nele estaria você,
dentro do meu abraço sincero,
pluralizando o sentido,
unindo,
somando,
juntando os cacos de mim.

Ancorando teu barco!


Jose Regi Poesia

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