Pular para o conteúdo principal

'DESABAFO DE UM SEM LETRA"








Me disseram que o que eu escrevo
não tem concordância!Concordo!

Disseram ainda
que tem erros de Português,
na verdade tá cheio,
ainda não descobri meu lado britânico
para errar em inglês.

Disseram também
que a poesia é coisa vazia,
arrisco em dizer que
é um vazio cheio de coisas.

Escrevo errado de proposito,
meu silencio e sem acento,
por que está sempre na sombra,
preciso do chapeuzinho pro sol!

Silêncio acentuado é mais dolorido,
é mais barulhento e menos inspirador.
Amor,falo pouco,este é meu defeito,
não tem jeito,amor não se fala se sente...no peito.

Mas não vou desviar do assunto,
sou mesmo ignorante das letras,
escrevo do jeito que me pede o coração,
este nunca foi a escola,é um sem noção!

Gosto da critica,mas não ligo pra ela,
gosto de rimar,do repente ,da cadência,
gosto de escrever meus delírios,
minhas loucuras e insanidades,
de vivenciar a lucidez anormal da normalidade.

Não tenho tempo para prosódia flácida
(pra conversa mole),
meu tempo reverto em verso,
revisto de sutilezas e o lirismo
colho e espalho no vento...

Tem sempre olhos férteis,
arados e sulcados para a semente
germinar com euforia...

Isto me faz crer que o que escrevo é Poesia!

Jose Regi Poesia

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Enfim...

      Dedico a vós o meu silêncio A inquietude abismada Dos meus versos Esses voos ora preteridos Deixo assim subentendido Em pousos dantes...Arremetidos.   Vasto é a amplidão Desse universo mudo Eximido de eco Ou retorno Onde o exilio É silente contuso.   Corto os punhos, Dramático, patético Suicídio poético Antes, porém, rascunho A sangue quente A dor corrente Na rubra tarde que cai Aos pés da noite eterna.   Não tenho asas, Nem pernas Nem plumas Ou penas Que sentenciam o fim No crepúsculo.   Há um último impulso Antes da queda Um último plano Ante o medo da escuridão. Respira afoito Um derradeiro pulso...   Não há mais nada Nunca houve,   Nunca esteve. Nunca foi... Não há mais tempo! Poema escrito Sobre areia fina, Só quem lê É o vento.   José Regi    

  Fé é uma planta frágil Regadas a gotículas De esperança. É acreditar no impossível, No imponderável, andar na contramão da lógica Da realidade e crer no invisível, na onisciência, No divinal.   Ter fé é cultivar a ingenuidade De uma criança, A fragilidade de uma mariposa no Entorno da luz. É entender possível Quando tudo Se mostra ao contrário.   Ter fé É pegar no rosário e pedir Como quem esfrega Uma lâmpada mágica. É não aceitar. É a negação de si Nas entrelinhas da sua Própria incapacidade.   É acreditar numa utopia Na poesia do inédito No remédio amargo No apelo ao vento Ter fé é orar em silêncio Durante um temporal... Ansiar desvios, Piquetes e atalhos Na estrada da vida.   É a dureza do chão A escassez do pão É o calo das mãos Ter fé é não ter explicação É se nortear pelo íntimo Se entregar a uma filosofia É sacrifício de vida Alienação, Aliança E Abnegação ...

Menino do olho azul

Jaz infanta estripulia. Ainda cedo corria pra rua o menino, Não sabia nada de limites E o mundo lhe era um convite a campear. Explorar além do horizonte Da janela da sala Da cercania entorno Da margem da velha estrada. Olhos azuis de céu Asas nos pés Era quase um semideus Com todos os seus “eus’ Ainda incubado De voos e sonhos. Cismas várias Não eximia os anseios, Havia de ser grande Já previa a cigana Que vendia engodos em troca de migalhas Na esquina da rua do centro. Desbravador solitário Num relicário de teimosia Esculpido a força No tempo. Jaz infanta estripulia Na sucursal de ontem Das gerais do sul... Hoje homem feito adulto Inventa versos como indulto Para proteger aquele menino do olho azul. José Regi