Porque a vida é fugaz,fiz-me palavras doces em cachoeiras,esparramando e umidecendo olhares,despertando sonhares,fazendo voar num súbito bater de asas e pouso de passarinhos.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Déjà vu
Quisera ser como ar,
leve,inócuo,vão...
Mas sou terra,pedra e chão.
Sou um misto,uma confusão,
um pouco de céu,um muito de mar,
um naco de amor,um tanto de amar.
Sou como chuva fina,
no fim da tarde,
abrandando na alma o fogo que arde.
Sou meio desespero,meio preso,meio livre,
sou meio,metade,dividido,
sou toda insanidade de um individuo.
Leve como pluma,que afunda como pedra,
no lago parado de uma vã existência,
sabedor do fim da história.
Queria ser como ar,
escrever entre as nuvens
e depois apagar.
Me jogar no vento,
inventar de soprar
minha gana de vida para outro lugar.
Florir entre as rachas dos troncos,
na secura da terra,na trinca das pedras,
nos desencontros.
Quisera o voo,as penas,as asas,
quisera ser ar,leve,inócuo,vão...
eco vazio de chão!
Sou voo de tempo,passado,
fora de estação,
uma andorinha só que não faz verão!
Jose Regi Poesia
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