sábado, 15 de agosto de 2015

"MAL ENTENDIDO"



Gosto pelas horas que impõe silêncio,
as noites que mostram escuridão,
cisma em abrir a gaiola
e soltar as asas do pensamento...

Para voar solto as cegas,
rumo as tuas vontades,
saciar-se com fluxo da madrugada,
na solidão do regato da cama e do quarto.

O vento silencia,
como querendo escutar,imagina
murmúrios tortos,os gemidos abafados,
indiscreto sonda pelas frestas o ato de amar.

Vento andarilho,
libertino e sorrateiro,
espalha no tempo notícias de chuva,
e de um amor primeiro...

Enquanto amanhece solitário,
coberto de sonho e orvalho,
nos confins de quatro paredes,
um corpo só entre os lençóis.

Tudo que foi disseminado,
foi confusão do vento,
que cismou de ouvir pensamentos,
sem adentrar o recinto.

Ele ouvira tremor de solidão e frio,
espalhou que era amor,
nem sempre quando venta
é chuva que se aventa...

Pode ser só dor!


Jose Regi Poesia

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