quinta-feira, 16 de abril de 2015

Olhos de ver além...


Em cada parada,
uma estação,
em cada vento um outono,
em cada sol outro verão,
em cada flor que prima vera,
a verdade não inverna,
esta são as minhas voltas,
minhas idas e vindas,
ao ponto de partida,
desta vida,
antes que se finda os trilhos
desta lida,
meu trem vai aquarelando
em pinceladas cinzas
o dourado do entardecer.
Sem jamais ofuscar
o verde do viver,
o orvalho do amanhecer,
a vontade de ser,
mais do que ventos sazonais,
sou fumaça de um tempo,
carregado de saudade,
meu alento é sabedor,
que a dor não e perene,
nesses trilhos do destino,
segue aqui este menino,
com a cabeça pra fora
da janela do vagão,
busca ainda adiante,
avistar nova estação!


Reginaldo

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