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"ENLUARADO"



Pelos vidros da janela,
ela está de sentinela
clareando meu caminho...

e eu aqui sozinho
na madrugada fria
escrevendo lonjuras e saudades.

que na verdade não sei se tenho,
se minhas,alguém me levou o sono,
me colocou de castigo...

não brigo,aceito o flerte da lua,
o abraço da noite,
o cheiro da rua!

no meu quarto ainda é dia,
onde o amor e a utopia
habita meu bloco de papel.

a mão tem vida própria,
é um ser á parte do corpo,
acho que tem alma também.

pensa por onde escreve,
descreve pensamentos lentos alforriados,
de um ser cansado que não consegue dormir.

mergulhado em silêncio,do inconsciente geral
gesta um poema na noite,que a lua cheia,
já leu por inteiro!

Vai espalhar pelos dias,aos ventos,minha poesia,
o lua adora fazer isso,fica toda cheia com os poemas
que faço pra ela!

Reginaldo

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