sexta-feira, 12 de setembro de 2014

"OLHOS DE VER AS CORES"



Um vaso no parapeito,
olhando pra fora no tempo,
tem saudade do jardim,
do carinho e frescor do vento.

As florzinhas pequeninas,
são enfeites para os olhos,
colhidas antes do sol,
ainda molhadas de orvalho.

Um arco-íris em cor,
mais de sete por sinal,
sempre juntas no vasinho,
alegria matinal.

O sol bate no vidro da janela,
esplendor em brilho intenso,
o dia chega aberto pra vida
e aos sonhos pretensos.

Sigo como um girassol,
o encanto de acordar,
tenho um acordo com tempo,
que vai além do olhar.

Desta vida simplesinha,
aqui do alto da serra,
longe de tudo que ruim,
a paz sempre impera.

Um pouco desta felicidade,
embrulho e solto no vento,
pois tem sempre em outro cando
alguma aflição e tormento.

Que estes corações se acalmem,
como as florzinhas do vaso,
que encontrem as cores da vida,
que tormento é mero acaso.

Reginaldo


Para- Edith Jardim.

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