De costas o mundo,
olha noutro rumo,
oposto as tuas rotas.
tudo empurra pra longe,
varre pra fora,
pra que vá embora.
És sobra,produto do meio,
dejeto social,espúria,
segregado ao ócio.
Invisível a qualquer sensibilidade,
vaga por entre os canteiros da praça,
só lhe resta o colo da noite fria.
Sentas ao lado da inércia,
no bronze lembrança de um dia,
quando todos lhe viram as costas,
só lhe resta o ombro da poesia.
Reginaldo
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