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"ILUSÕES"



Abelhas ,dálias e borboletas, 

cravos ,margaridas e violetas,
joaninhas,besouros e passarinhos,
crisântemos,capitães e jasmins...

Cores ,vidas e cheiros de jardim.

Visões e desejos
de uma alma da terra nua,
pisando a poeira,
andando as margens
de caminhos sem verde,
sem viço,
sem nada de esperança.

Despejo dos olhos,
vermelho de poeira
lagrimas de utopia,
choro em poesia.

Cada lagrima uma semente,
cada semente uma planta,
cada planta uma vida,
cada vida uma sombra,
cada sombra um sonho,
cada sonho uma certeza,
cada certeza uma esperança.

Ter esperança em novo semear,
de colher quem passar,
nos caminhos que chorei,
flores de "mim",
arvores de "eu"
sombras do que "sou".

Pedaços de campo verde,
em meio ao marrom eterno,
ao deserto de uma alma,
que insiste em viver
lá atrás...
Além do jardim.



Reginaldo

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  Fé é uma planta frágil Regadas a gotículas De esperança. É acreditar no impossível, No imponderável, andar na contramão da lógica Da realidade e crer no invisível, na onisciência, No divinal.   Ter fé é cultivar a ingenuidade De uma criança, A fragilidade de uma mariposa no Entorno da luz. É entender possível Quando tudo Se mostra ao contrário.   Ter fé É pegar no rosário e pedir Como quem esfrega Uma lâmpada mágica. É não aceitar. É a negação de si Nas entrelinhas da sua Própria incapacidade.   É acreditar numa utopia Na poesia do inédito No remédio amargo No apelo ao vento Ter fé é orar em silêncio Durante um temporal... Ansiar desvios, Piquetes e atalhos Na estrada da vida.   É a dureza do chão A escassez do pão É o calo das mãos Ter fé é não ter explicação É se nortear pelo íntimo Se entregar a uma filosofia É sacrifício de vida Alienação, Aliança E Abnegação ...

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