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"ABSTRAÇÃO"




Nascia...
Ingenua,nua,indefesa...
Uma pessoa se fazia.

Adolescia...
Jovem bela,belas curvas
Em algum lugar se perdia.

Vadia...
Irradia depravação,
exala transgressão.

Valia...
Quanto queria...
Quando amor vendia.

Envelhecia...
Nos ombros o peso do tempo,
que lhe roubou a mercadoria.

Morria...
Sem se fazer conhecida...Indigente,
no findar de outro dia...
Anonima Maria.

Reginaldo

Comentários

  1. Suzana Guimaraes Um poema que retrata nossa realidade (a do mundo, mas eu nada sei do mundo, sei do Brasil e você termina nomeando a mulher de Maria e Maria são tantas...), bem feito, com sentido, cabeça, corpo e pés, simples como é a vida, do jeito que gosto. Nem uma palavra a mais ou a menos.

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  Fé é uma planta frágil Regadas a gotículas De esperança. É acreditar no impossível, No imponderável, andar na contramão da lógica Da realidade e crer no invisível, na onisciência, No divinal.   Ter fé é cultivar a ingenuidade De uma criança, A fragilidade de uma mariposa no Entorno da luz. É entender possível Quando tudo Se mostra ao contrário.   Ter fé É pegar no rosário e pedir Como quem esfrega Uma lâmpada mágica. É não aceitar. É a negação de si Nas entrelinhas da sua Própria incapacidade.   É acreditar numa utopia Na poesia do inédito No remédio amargo No apelo ao vento Ter fé é orar em silêncio Durante um temporal... Ansiar desvios, Piquetes e atalhos Na estrada da vida.   É a dureza do chão A escassez do pão É o calo das mãos Ter fé é não ter explicação É se nortear pelo íntimo Se entregar a uma filosofia É sacrifício de vida Alienação, Aliança E Abnegação ...

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