poeta de superfície,
raso de chão e asas atrofiadas
Ofereço-vos o mirante
A beira dos meus abismos
Sem egoísmo oferto-vos
Tentativas de voos.
O mergulho
A incerteza
Do pouso seguro.
Dou a ti,
No escuro,
O lume da lua
O cio da loba
O uivo do vento...
A dança das folhas mortas
O sementio do horto
O tempo torto
E meus medos mais sórdidos.
O ócio
A ausência dorída
Asas parcas, feridas
O vazio e o eco.
Retiro o véu
Ofereço-vos
O céu
E o chão
Onde aguardo
Vosso pouso.

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