Ouço o silencio
gritando por mim.
Onde estará eu?
Perdido entre a lua vazia,
que sem brilho
envergonhou,
escondeu-se.
A noite ainda mais negra,
nega o luz no caminho.
Vago sem rumo
pela penumbra,
úmida pelo o sereno
que cai,
como lagrima de dor.
Procuro por mim,
sem achar sentido
nessa busca louca.
Eu estou aqui,
sempre estive aqui
dentro de mim.
Não percebi quando parti,
insólita viagem...
Delírio.
Lirio do meu jardim,
flor que não plantei,
mais nasceu mesmo assim.
Alguém semeou,
regou,
cuidou,
e ela não pereceu.
Nesse canteiro
fértil vingou a semente,
brotou EU.
Agora sou vivo
verde e viçoso,
como capituva
na beira do rio,
vou ser pega e pegajoso,
espalhando-me,
ao cair da lua cheia.
Reginaldo
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