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INDAGAÇÕES


quanta vida ainda tenho?
quantos dias ainda me restam?
quanto tenho pra ganhar?
quanto ainda posso perder?
quanto tenho de amor pra dar?
quanto ainda vou receber?
quanto de sol vou tomar?
quanto a chuva ainda vai molhar?
quanto terei que caminhar?
quando saberei ,quando parar?
parar...?
quanta duvida inútil!
indagações,preocupações...
a prova,o teste é agora
neste instante...
a certeza certa,marcante
a vida não é mais que uma
nevoa,fina e dissipante,
pra que perder tempo com o
direito da duvida,se o dever
que eu tenho é viver o agora,
não lá traz,nem daqui á uma hora.
a coisa funciona assim 
tempo presente...
a duvida é a mais pura e ingenua
insegurança.
passo á passo firme e constante
vou seguindo a diante
pois sei que tudo que preciso
está logo ali depois da curva 
atraente e sinuosa, 
desta estrada esburacada,
sem acostamento,vegetação
nas margens e empoeirada.
minha estrada,traçada,delineada
forjada para o meu caminhar.
vida ,viagem do momento presente,
tão fugaz e incoerente.
caminhar é preciso,
andar é preciso,
buscar sempre é preciso,
pra ser feliz de vez em quando.
a vida é tão longa quanto
ao tempo de um fechar de olho,
o longo é o espaço de um instante,
não dá pra se ter o direito á duvida,
pois a certeza é dura e forte
no fim ... ela sempre nos espreita
a dama das sombras...
a morte.

Reginaldo

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  Fé é uma planta frágil Regadas a gotículas De esperança. É acreditar no impossível, No imponderável, andar na contramão da lógica Da realidade e crer no invisível, na onisciência, No divinal.   Ter fé é cultivar a ingenuidade De uma criança, A fragilidade de uma mariposa no Entorno da luz. É entender possível Quando tudo Se mostra ao contrário.   Ter fé É pegar no rosário e pedir Como quem esfrega Uma lâmpada mágica. É não aceitar. É a negação de si Nas entrelinhas da sua Própria incapacidade.   É acreditar numa utopia Na poesia do inédito No remédio amargo No apelo ao vento Ter fé é orar em silêncio Durante um temporal... Ansiar desvios, Piquetes e atalhos Na estrada da vida.   É a dureza do chão A escassez do pão É o calo das mãos Ter fé é não ter explicação É se nortear pelo íntimo Se entregar a uma filosofia É sacrifício de vida Alienação, Aliança E Abnegação ...

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