Quisera a revolta das águas rompendo pedras liquefazendo tuas certezas... Impondo-lhe lucidez! A sabedoria do pássaro que faz seu ninho sem régua e compasso... Intuindo o essencial! Ou então o pouso suave da borboleta no brejo salobro depois do doce voar... Subir,seguir,planar! Quisera ainda o equilíbrio suspenso de uma corda bamba sobre os abismo de Si... Correr perigo! A vida lá fora,agora, do amanha que não tenha, mas que já o apavora... Pelo real que desenha! O contrário,o avesso, a contra-mão do endereço, do que prega o poeta... Em teus desconcertos! Em frases curtas,em versos, que nas entrelinhas escapam de um poema cravado... Que de súbito façam... Na sutileza do ouvir, sentir que naquilo que quer não cabe mais dor... Assim deseja! Que nada o faça querer viver mais, a certeza do agora que a verdade do amor... Que o poeta implora! Assim se rende a calmaria das ondas serenas da praça, mesmo de braços cruzados... A Poesia o...
Porque a vida é fugaz,fiz-me palavras doces em cachoeiras,esparramando e umidecendo olhares,despertando sonhares,fazendo voar num súbito bater de asas e pouso de passarinhos.