Eu confinado dentro de mim
aguardo a visita do Sol dourado,
no final da tarde fria de inverno!
Mas de um sol que seja dissipador,
que transpasse a cortina
e entre neste cárcere,onde a alma
sonda pela janela!
Minha casa é minha prisão,
um corpo na sombra,
oculto em névoa de fumaça,
de uma densa solidão.
Sou gaiola daquele pássaro migrador,
que se encantou com as flores da cerejeira,
desgarrado do bando
na armadilha fria do pouso!
Agora sonha com o sol
a invadir suas asas,
aquecer suas penas,
a iluminar sua alma.
Deseja o fim do inverno,
pelo vento de outono a varrer folhas secas,
das flores mortas na primavera...
No por vir de outro verão!
Na ânsia de encontrar as portas entre abertas,
aquecido e livre,fugir pela fresta,
então abandonar-se em voo de dentro pra fora...
inventar outra estação!
Jose Regi Poesia
Nenhum comentário:
Postar um comentário