Teu corpo é meu papel,
suave,macio,sem rasuras,
onde desliso minhas mãos
escrevendo caricias.
Teus olhos meu guia,
dois vaga-lumes a dissipar
as sombras,mostrando-me
o plano de voo.
O pecado maculado
pelo desejo ,enseja teu beijo,
como uma flor ao colibri,
e se abre em apelo.
Nesta profanação,
esta você nua em pelo,
o mantra soprado pelo vento,
leva-me ao êxtase dos teus braços.
Sagrado é o amor,
o entrelaçar de corpos,
o embrenhar e o cheiro lascivo
dos cabelos.
Bendito seja a imaginação,
este terreno fecundo
de heresia,de utopia,
onde a farra se rende...
Se compra e se vende
ao preço do tempo,
fugaz e efêmero,
sobre a luz dos olhos fechados!
Nela sou quase um Deus pequeno,
dono de um mundo de quatro paredes,
sem luz,sem silhueta,escuro,
esperando pelo sol
No sal do suor,
dos corpos banhados,
pela entrega ao calor
do amor,mal intencionado...
Sem nenhum pudor!
Jose Regi
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