sexta-feira, 14 de novembro de 2014

"VOLTANDO A TERRA DO NUNCA"


Como coisa que tivesse haver
com todos cenário,
todo o entorno encanto,
um canto ,um Relicário.

Tem memórias frescas,
no auge de meio século
um punhado de minúcias
guardadas no Baú.

Muitas perguntas,
poucas respostas
que não quer saber,
pois viveu!

Quem nunca roubou
goiaba por cima da cerca,
nunca sentiu o gosto doce
da traquinagem.

Quem nunca correu descalço,
no campo verde,
jamais tocou nuvens com os pés,
na grama macia do chão.

Nunca dava ao tempo,
motivo ou importância,
jogava bola na rua,
soltava pipa,rodava pião...
Foi criança!

Esperto,nadava no rio,
fugia da escola,
lá não ensinava felicidade,
era feliz solto como passarinho
gozando de liberdade.

Era feliz,era menino livre,
que hoje aprisionado
aqui dentro,
clama por molecagem.

Cresceu,não queria é verdade,
daquele menino,aquela inocência,
ainda resta o doce da goiaba,
o brilho dos olhos...

Restou a essência!
Sem maldade!

Reginaldo

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