Era tarde,chovia muito,
as águas bravias passavam ligeiras,
levando aos trancos meu barco de papel!
Era tarde pra ver o céu
coberto de nuvens negras,
e os olhos eram chão!
Era tarde,quando ela veio do desespero,
toda molhada e escorrida,
buscar guarida em meus braços.
Era tarde e o sono boêmio,
ainda na saideira,
era cedo pra dormir!
Mas...embora tarde,era tempo
de sobra no tardar da madrugada,
para amar...!
Da chuva,só se ouvia a musica,
do silêncio os sussurros ladinos,
era um entrelaçar de pernas...Nunca tarde!
A silhueta hipnotizava os sentidos,
incólume aceitava as carícias
era pura sedução.
Então lá pelas tantas,
o ápice na porta do paraíso,
um trovão mais raivoso...
Os olhos só captaram a luz
do estampido,depois o quarto vazio
e a solidão morrendo de sono!
Reginaldo
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