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Ouço vozes no silencio,
que se faz ouvir.
Na noite que cai,com o sono que vem...

Me derruba!

Na horizontal visão do mundo,
que não vejo no escuro,
fecho os olhos para ver
o que ha alem do meu quarto.

Vou de encontro,
ao meu consciente
ao adormecer.

Dou asas ao meus anseios,
desbravando o inexplorado,
ainda assustado com minha lucidez .

Esta viagem insólita,
tem tempo e hora pro fim
paradoxalmente
termina ao despertar.

Do abstrato,
do sonho e fantasia,
só me restou a realidade .

O dia a dia.

Sigo com os olhos abertos
com o dia claro,
mais desejoso da noite.

Estou começando
a gostar do escuro,
onde tudo fica mais...

Escancarado.


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