quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

DA SANIDADE O ESCURO



Pichador moleque
Menino arteiro artista
Sai das mãos do letrista
Como rabisco de verso

Pincel ante a navalha
Diverso é a arte de ser
Ante as mãos de nascer
Pinturas lancinantes

Quixote quebrou os moinhos
Alucinado que era,
Cervantes sabia da lucidez
Que para quê nada servia

Dalí delirante derreteu relógios
A fim de atingir o tempo
Que não parou para ele
Embora surreal fosse

Mas o Poema, este é Salvador,
Dalí, daqui, de lá sei onde
O Poeta quando escreve
Não se esconde

Mesmo sabendo do fosso,
Da corda no pescoço
Se desnuda por inteiro
Sendo seu próprio esboço.

Jose Regi

Nenhum comentário:

Postar um comentário

MEDOS E ENCANTOS

    Tenho medo daquilo que conheço, dos buracos por onde andei, dos passos e rastros deixados nos medos que descartei. Que o mundo me ...