sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Translúcida


Ela mergulha no lago da Iris
Silenciosa submerge sem rebojo
Sabe da sombra do arco-íris
Segredado no fundo do estojo

Não revolve uma marola
Sob a galha seca do tempo
Sua sutileza até consola
A falta de voo do pensamento.

Ela rompe com escuridão
Cheia de si inventa caminhos
Pela rota sinuosa da contra mão.

Desfila sua exuberância quando flutua
Na crista do lago insone que mostra
A nudez luzida da Lua.

José Regi

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