O amor é um espanto Um escárnio vivo. É vento soprando Sobre encantos cativos. Fogo de chama forte Encandeia os sentidos Dói como arame farpado No tempo de ter vivido. Saudade é um escracho E tempo tirando perfume Do vaso de enfeite Com flores de plástico. Recende como incenso Em tempo de pouco lume. Em noites de pouco facho. Paixão é lenha seca De fácil combustão Dois corpos suados Em noites de verão. paixão que vira amor Por certo vira saudade Em tempo de adeus tardio No átimo de uma maldade. Bom encontro é de dois Já dizia a canção Amor e paixão é pra agora. Saudade... Saudade... É pra depois. José Regi
Jaz infanta estripulia. Ainda cedo corria pra rua o menino, Não sabia nada de limites E o mundo lhe era um convite a campear. Explorar além do horizonte Da janela da sala Da cercania entorno Da margem da velha estrada. Olhos azuis de céu Asas nos pés Era quase um semideus Com todos os seus “eus’ Ainda incubado De voos e sonhos. Cismas várias Não eximia os anseios, Havia de ser grande Já previa a cigana Que vendia engodos em troca de migalhas Na esquina da rua do centro. Desbravador solitário Num relicário de teimosia Esculpido a força No tempo. Jaz infanta estripulia Na sucursal de ontem Das gerais do sul... Hoje homem feito adulto Inventa versos como indulto Para proteger aquele menino do olho azul. José Regi