sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Delírios noturnos

 

 


 

Nunca provou o sal da barranca,

Ainda que em delírio houvesse

Mergulhos obscuros

Em águas mornas salobras...

Nunca me lambuzou em teu suor.

 

Ainda que desejo fosse

Nunca tramou seu corpo

Em tuas teias sedosas,

Nunca acordou abruptamente

Ofegante e molhado.

 

Sempre manteve o platonismo

E o egoísmo só pra si.

A volúpia é utopia

E a lascívia que imaginava

São devaneios de eras...

Um relicário profundo

Guardado no fundo

Do baú de quimeras.

 

Cartas de amor abortadas,

Amor monólogo unilateral

Num prólogo egoísta

Do seu eu...

Um dia que ele inventou

E que nunca amanheceu.

 

José Regi

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