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Mostrando postagens de novembro, 2022

Choque de realidade

      É da natureza do homem, O delírio O superlativo O exagero É isso que nos consome O tempo e a vida   Essa nossa teimosia Em complicar E inventar dificuldades Nos cega, Nos impele o voo Nos encurta o caminho   Quando se percebe Que o simples é o melhor Dos acessos... Já nos perdemos na rota Sem possibilidade de retorno´   É da natureza Simplificar O não inventar O não dificultar É da natureza cumprir O combinado   E nos jardins dos dias Nascer apenas O que for semeado A natureza é simples... O homem É que é complicado.   José Regi

Incursões

        Perambulei p or vias escuras, A procura De um tal amor eterno. Fui do paraíso ao inferno E retornei ainda mais Distante dele   Pouco a pouco Essa obsessão R evirou a vida Mudou o pensar O s sonhos E se fez verso   Fui ao passado A inda morno, Revi r ei o entorno E ele não estava lá. D o penhasco O nde o mirante Convidava ao voo cego O escuro do vale Não o escondia. ..   E stava em outra cerca nia, Não havia o encontro perene E o sossego . Perdido andava em circulos Sem perceber...   Mergulhei muitas vezes No obscuro prazer, No proibido, Não convencional... Mas ele não estava lá .   Retornei ao limbo da existência, Da solidão, Pena perpétua, A condenação Minha procura não finda   Inda que goze Efêmeros instantes. Sigo a sina, Volto a cena, E o cenário não muda... Ele também não está aqui.   José Regi

Inquietudes temporais

      Percebe-se no anteparo do olhar Um resquício de angústia Na soleira de entrada. No tapete uma mensagem de boas vindas   A casa aparentemente arrumada Dá uma ideia de organização Emocional equilibrada Qual nada! Ele é humano!   Dessa forma O sorriso externo Quase Monalisa, disfarça. Mistérios de uma alma incompleta.   A conjuração decepcionante de fatos Situações contrárias ao bem estar Roubam a paz dos desertos E o tempo do poeta.   José Regi      

Erupção

    Teus olhos azuis ensolarados Acendem o luzeiro, Exala calor teus desejos vindouros Para o espelho que lhe nega um sorriso   Assina no vidro embaçado do box Um verso explicito de escárnio, Água fria do banho não abranda O incêndio interior que ferve   Volúpia em carne viva Dedos ávidos aventureiros Gemidos suprimidos Num gozo quase silêncio   Tua solidão suscita fuga Teu desejo rompe gaiolas Efêmeros oásis Possibilitam o voo solo   Onde desagua por inteiro Teus rios de lava Onde lavas a alma E volta a sonhar.   José Regi