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Mostrando postagens de março, 2023

Desagravo

      Não tem como, Ante aquele que feriu, Não soltar o verbo... E manda-lo a puta que o pariu!   A vida ensina perdoar Que nós somos todos falhos. Mas somos humanos porra! Perdoar é o caralho!   Olho por olho e dente por dente Pra essa gente brucutu. E quem achar que é diferente... Que vá tomar no cu.   Que direitos pensam ter De achar que podem mais Em pensar que liberdade É ferir os seus iguais?   Minha língua tem veneno Tão letal quanto cicuta. Se não sabe respeitar A frase é bem curta...   Puta que pariu, Caralho... Vai tomar no cu Filho da puta!   José Regi

Kurumin

    Eu sou um tanto de tantos , Pouco, muitos, quase nada Sou o sal do pranto Que na ribeira deságua Aquele barco singrante Rumo ao mirante Sou água do igapó Na melodia da mata Sou a nota dó Ao sol que desata.   Quisera ser mais... Que a música do vento No templo aberto Desse tempo fechado A lâmina cega do machado O golpe sem efeito do facão Curupira, caipora, Anhangá ou caiçara... Proteção O que vela, Que zela e protege O limite, a cerca Mãe d’água e A tabua de salvação.   Sou a lei da mata Sou lenda, folclore A estação que colore A tarde que desce Silente... Sou índio Nativo Sou dono de nada Sou a estrada O buraco na via Sou o que havia Antes de você chegar Pelo mar torrente... Sou um tanto de tantos, Pouco, muitos, quase nada... Sou gente.   José Regi