A poema sem sentido Não causa arrepio na pele. Para sê-lo, Há que haver um canal Revolver a lama A inquietação Que cause por si só O desejo de gritar. De fazer mimica Sozinho De olhar para o nada E imaginar Em silêncio Uma sensação De alívio. Uma quase morte Num parto A fórceps Arrancando a dor E dela um arremedo De vida. Nesse sentido Porém, palavras Tem se afastado Como pássaros ariscos. As mãos rabiscam Versetos desconexos, Sem poesia Quase sem sentido Que a teimosia Insiste em poetizar...
Porque a vida é fugaz,fiz-me palavras doces em cachoeiras,esparramando e umidecendo olhares,despertando sonhares,fazendo voar num súbito bater de asas e pouso de passarinhos.